quinta-feira, 26 de maio de 2011

SIM, SOMOS NADA DE NADA...


Os engraxates amam os sapatos
Mendigos querem deixar a pobreza.
A magia não existe só maltratos
Só o nada convive com a incerteza


Os Nordestinos pedem chuva a cântaros.
Os Sulistas pedem pra que pare as chuvas.
Ontem, nem hoje, nem amanhã, todos avaros.
Nem nunca, nem uma chuvinha cai como luvas.


Por que nada merecemos, o ninguém nada merece.
Veja, levante com o pé direito isso muda sua sorte?
Coloque a vassoura atrás da porta, fatos não acontecem.
Para aquele que são nada, trapos de imundice só a morte.

Trevo será que dá sorte?
Os filhos de ninguém têm pai, mãe, não são donos de nada.
Não existe emprego, vivem como um sôfregos e é mal pago.
E os que não são e nunca seram, perambulado pela calçada.
Os que não sabem seu idioma o que são? Nada, não tem afago.

São nada os que não tem doutrina, não praticam religião.
Humanos que não são nada, são só recurso meio humano.
Seres que não comem bem, e muitos praticam superstição.
Vivem a esmo sem nada, não conhece D’US, só o engano.


Pobres sem cultura, sem nada, dançam capoeira, folclore.
Eles não têm rosto, tem cara, não tem perna, nem braço.
Eles não tem nomes, o que são meus amigos? Sim, claro chore.
Você sendo nada, um verme alguém quer lhe dar um abraço.


Aceite a Jesus, ELE morreu por você, você é parte da história.
Você não é nada, ELE morreu por você aquele que curou cego e mudo.
ELE É D’US, É FILHO DE D’US, ELE TE AMA E TI QUER... OH GLÓRIA!
Mesmo você sendo trapo de imundice, um verme PRA ELE você é tudo.


 O FILÓSOFO

quarta-feira, 30 de março de 2011

MARAVILHOSA E MUSA



Erguido em negro mármore luzidio.
Portas fechadas, num mistério enorme,
Numa terra de reis, mudo e sombrio,
Sono de lendas um palácio dorme.

 
Sombria, imóvel em seu leito, um rio a cinge,
Também, à luz da lua nova prateada,
Vê-se em bronze uma antiga e acanhada esfinge
E lamentam-se sol e estrela encantada.


Dentro, surpresa e mudez! Quedas figuras.
De reis e de rainhas: penduradas.
Pelo muro antigo, armaduras.
Dardos, elmos, punhais, piques, espadas.


E ainda ataviadas de renovo e vestida.
De tiros de matiz de ardentes cores,
uma bela princesa está sem vida.
Sobre um acervo fantástico de flores.


 Trás o colo estrelado de diamantes.
Colo mais claro do que a espuma jônia.
E rolam-lhe os cabelos abundantes
sob a pele nevada de issedônia.


Entre o frio esplendor dos artefatos.
Em seu régio vestíbulos de assombros.
Há uma guarda de anões estupefatos.
Com trombetas de ébano nos ombros.


 E o silêncio por tudo! Nem de um passo.
Dão sinal os extensos corredores.
Só a lua, alta noite, um, raio baço.
Poe a morta num leito de núpcias e flores.


O FILÓSOFO
13/03/1999
SALVADOR/BA

O QUE É POESIA?


O que é poesia? O que é a imensidão?
Você pode me dizer o que è?
Será reflexão? Será sentimento?
Poderá ser o deslumbramento?
Poesia será uma viagem sem volta ao éter?
Ou será o infinito e além dele?
Poesia será olhar, olhar, olhar, olhar?
Poesia poderá ser o inebriante perfume de uma rosa?
Poesia será navegar alguns centímetros
num barquinho em um mar azul do infinito?
Será que um professor pode explicar?
Talvez um poeta explicaria?
Duvido, ninguém pode explicar?
Talvez os críticos expliquem, mas também duvido.


 O FILÓSOFO 
30/03/2011
Campo Maior - PI

terça-feira, 29 de março de 2011

ADEUS!...


Adeus!... Vou providenciar minha sepultura.
Lá eu não mais pensarei, dormirei no regaço.
Aguardarei bem tranqüilo sem mais agrura
Assim depois, sentirei o calor de um abraço.


 Por favor, perdoe-me! ... Vou partir da-me a benção.
Adeus!... Não mais sonharei nem terei tristeza
Cessarão, amarguras também às desproteção.
Não mais sentirei o desamor e sua torpeza.


Para muitos a vida é bela... Só quimera.
Pela minha vida inteira, sempre fui o oposto.
Eu tive às chances, mas às perdi na espera.


Vou descansar, quero ser abençoado.
Não mais as torturas, só a paz em meu rosto.
Adeus!... Último adeus, agora é ficar calado.
                                                                                             
                                                                                                CARPEMA
                                                                                                27/09/2010
São Luiz do Maranhão / MA

CIRCUNSTÂNCIA DOLOROSA


 Circunstância, dolorosa prisão.
A vida corre célere sem cor
Fiquei sem um porto sem coração.
Quase um demente, sufoca o calor.


Preso pelas circunstância nua e crua
vida sem lume, sem nenhum valor.
Sol ardente, calor até da lua.
Falta de estímulo, falta até o amor.

 Quieto... Sem luz e sombrio, nauseante.
Lusco-fusco sem esperança.
Vida sem um porto, sem a luz radiante.


Não vejo os rostos, não vejo o belo.
Não ouço as brincadeiras alegres de criança.
A vida segue, mas bate tal martelo.
CARPEMA
29/09/ 2008
TERESINA/PIAUÍ

sábado, 12 de março de 2011

VERSANDO SOBRE O AMOR


Amor, sentimento divino e difícil de encontrar.
Principalmente quando se quer e busca um grande amor.
Apaixonar-se é como o vento, é bom até acabar.
O amor faz o coração acalmar, estar bem e sem dor.


Não penso na dor física, escrevo sobre a dor d'alma.
O verdadeiro amor enobrece, perdoa quase tudo.
O amor confia, não faz alarde, refrigera e acalma.
O amor é submisso, e alegria, na forte onda, acalma.


O amor é sublime, se refaz, não é traidor, é forte.
Não acaba, se renova mais poderoso, mais belo.
Com amor não existe derrota e nada que não suporte.


O amoe é o sol possante nas palmas das mãos e espera.
Os açoites da vida não apagam seu brilho seu elo.
O amor é chama, é a poesia, é a rima, e o amor na prosa se esmera.

O FILÓSOFO

sexta-feira, 11 de março de 2011

A COLOMBINA TAMBÉM PROCURA

Colombina
Parece que ouvi o meu nome.
Ei, Zé, se vires o meu amor...
- Quem? O ARLEQUIM? - Sim. Não vês que ele some?
Diga que eu estou na folia por onde for.



Colombina sai acompanhando o bloco.
Ela pula, ela bebe, ela beija, na procura.
Ela vai à loucura, ela chora, ela ri in loco.
No calor da folia, a Colombina faz jura.

Jura amor eterno ao Arlequim e canta.
Arlequim, só falta você. Vem, amor, me consolar.
Ô abre alas, que eu quero passar... Assim ela encanta.

Todos na praça querem a Colombina,
Mas com o samba nos pés, jura só um eu vou amar.
Fica à procura do amor, até o outro carnaval, não termina.

O FILÓSOFO